Termos o futebol feminino nos games é um desejo que está mais perto do que longe. Pelo menos é o que podemos interpretar a partir das declarações que o produtor executivo de FIFA na Electronic Arts, David Rutter.
A questão toda começou com uma petição online que Fernanda Schabarum, uma gamer brasileira que mora nos Estados Unidos, organizou para que o game mais popular de futebol colocasse as mulheres em campo.
Em resposta ao pedido da moça, Rutter disse que já é tarde para que isso ocorra no FIFA 13, mas “é inevitável que as mulheres apareçam como atletas em um jogo de futebol”.
Apesar da popularidade do esporte no Brasil, a categoria feminina ainda é bem carente no País. Um cenário diferente do que acontece nos Estados Unidos. De acordo com o manifesto criado por Schabarum, ?o Departamento de Estado dos EUA diz que mais de 40% dos jogadores de futebol dos EUA são mulheres.
Ao oferecer apenas equipes masculinas como opções jogáveis no FIFA, não estamos apenas negando a essas garotas a chance de se relacionar com os personagens que interpretam no videogame, mas também estamos desperdiçando uma grande oportunidade para incentivar essas mesmas meninas a desenvolver a sua paixão e promover uma imagem saudável da relação entre mulheres e esportes?.
Entretanto, o que a EA argumenta (e com toda razão), é que isso deve ser feito no momento certo e da maneira certa. Não adianta simplesmente colocar um skin de mulher por cima dos jogadores de FIFA e esperar que isso funcione. Já foi feito e não funcionou, como os gamers mais antigos podem lembrar no caso do sofrível Mia Hamm Soccer, para Nintendo 64 e Game Boy Color.
Além dos custos de licenciamento envolvidos para poder incluir as principais seleções do mundo e as ligas do Brasil, EUA, Japão entre outros países onde o esporte é mais difundido, existe todo um custo de produção do jogo. O futebol feminino é totalmente diferente do masculino e o game precisa representar isso.
São modificações na jogabilidade, na construção das táticas e todo um trabalho de captura de movimento de atletas femininas, que se movem de forma completamente diferente dos homens.
A boa notícia é que o atual estado da indústria favorece esse tipo de iniciativa. Um modo feminino num FIFA ou num PES poderia ser lançado primeiramente como um DLC, sem muitos recursos avançados como grandes torneios ou opções de criação de jogadoras. Se isso der certo, pode crescer até se tornar um jogo próprio, conforme a aceitação do mercado. E quem sabe um movimento puxa o outro e poderemos ver mais meninas se interessando por futebol através dos games?
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