Menos fantasia. Mais dribles
Após um lapso de três anos, FIFA Street está de volta. Bem, pelo menos na forma de um anúncio e várias promessas. De fato, após acompanhar os primeiros detalhes do game na mais recente edição da feira gamescom, a impressão que fica é a de um típico remake hollywoodiano, desde o resgate do título original até a escolha de uma nova equipe de desenvolvimento — liderada pelo diretor criativo Gary Peterson, o homem responsável por transformar a franquia principal de FIFA naquilo que é hoje.
Mas não. Não se trata de simplesmente pegar uma fórmula batida e regurgitá-la novamente para garantir alguns tostões. Aparentemente, um termo central pauta todo o processo que deve culminar (em data ainda não revelada) no renascimento do futebol de rua da Electronic Arts: autenticidade.
Conforme disse Peterson em entrevista ao site Gamespot, há três objetivos básicos sustentando o retorno da franquia: construir um FIFA Street utilizando a celebrada engine da franquia FIFA, produzir algo realmente genuíno e concentrar-se nas disputas entre dois jogadores (um contra um) — que, é claro, sempre foi o cerne da série, desde a sua primeira aparição.
Quanto à parte de utilizar o motor gráfico de FIFA, realmente não há muito o que questionar. Trata-se do conjunto de ferramentas que tem ajudado a franquia a manter uma ascensão contínua nas avaliações da mídia especializada há vários anos. Talvez fosse melhor se concentrar no termo “genuíno”.
Menos fantasia e mais dribles
Como dar novos ares à franquia Street? Bem, pode-se começar removendo certo componente fantasioso que sempre se fez presente e que, segundo a EA, não necessariamente agrada aos fãs. “Os jogos anteriores de FIFA Street foram baseados em fantasia, mas eu não penso que seja isso que os jogadores querem”, afirmou Paterson. “Nós estamos fazendo dela uma experiência autêntica; (...) há muitas coisas interessantes no futebol de rua, e, portanto, não há necessidade de exagerar o que está no jogo.”
Segundo o executivo, “autêntico” em uma experiência como FIFA Street deve necessariamente passar pelas disputas entre dois jogadores. “No futebol de rua, há sempre um defensor na sua frente, e a maior parte do esporte envolve transpor o adversário utilizando truques, para humilhá-lo.”
Bem entendido: truques não necessariamente indicam uma atmosfera fantasiosa. E, de fato, há vários malabarismos inéditos que se pode fazer com a bola nos pés aqui. Para quantificar, há aproximadamente o dobro de dribles, em relação ao que se pode encontrar na franquia principal de FIFA — incluindo uma variada gama de movimentos aéreos e habilidades que podem ser disparadas em todas as direções (mesmo para se afastar do defensor).
Ademais, o chamado “wall play” retorna como parte fundamental da experiência de FIFA Street. De fato, torna-se possível agora não apenas realizar passes improváveis, mas também utilizar a parede para manter a posse de bola, voltando as costas para o defensor.
Novos modos, estádios e times
A fim de tornar a experiência da releitura de FIFA Street o mais válida possível, a EA se concentrou em levar vários desafios típicos do futebol de rua para dentro do game. Dessa forma, há “cinco contra cinco”, “seis contra seis”, “o último homem em pé” e também “Panna” — cujo objetivo é passar a bola por entre as pernas do adversário. Ademais, há também o tradicional futsal, que é jogado em quadra fechada.
Por fim, há ainda 35 localidades distintas e também times de todas as ligas principais, além de “modos de jogos profundamente conectados e formas de interação social”. Resta saber se o clima despretensioso do futebol de rua também estará presente... Tudo indica que sim.
FIFA Street deve dar as caras em algum momento de 2012. Aguarde novidades.
2 comentários:
ae ...eu tinha pnsado que tinham eskecido desse gamee
muito bom e com a mesma engine de fifa!
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